quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Biografia de Antonio Martins | por Leandro Martins


Nasceu na cidade de Cambuquira aos 2 de novembro de 1912. Filho de Pedro Martins Ribeiro e Maria Cândida Melo Martins. É membro efetivo da Academia Sul-Mineira de Letras, do Grêmio Brasileiro de Trovadores e da AIL – Academia Itajubense de Letras. Colaborou com assiduidade em vários jornais e revistas do Rio de Janeiro, Minas e São Paulo. Já publicou: “Os Torturados” (Poesias) e tem inéditos os seguintes livros: “Campo Florido”, “Minha Terra”, “Tonadilhas”, “Cantigas do Troveiro” (Trovas), “Cantigas do Coração” (Trovas) e “Velhas Poesias”. Em Itajubá, foi o organizador de uma POLIANTÉIA, em homenagem ao Doutor Theodomiro Santiago, cujo trabalho foi elogiado pelo Instituto Histórico de Ouro Preto. Fundou e dirigiu os seguintes jornais: “O Progresso” (Cambuquira), “O Resumo” (Itajubá), “O Independente” (São José do Alegre) e, “Tribuna Sul-Mineira” (Brazópolis). Com o jornalista Sinésio Fagundes, fundou, em São Lourenço, a revista “A Montanha”. Colaborou no suplemento da “A Noite” do Rio de Janeiro. Vários trabalhos seus foram aproveitados para duas Antologias, organizadas respectivamente, por Luiz Otávio e Félix Ayres.
Antônio Martins Ribeiro, academicamente, nunca chegou a formar-se como farmacêutico. Era autodidata. Fez diversos cursos de especialização na capital mineira, Belo Horizonte, a fim de obter licença para poder operar com próprio estabelecimento, uma Farmácia própria onde fosse reconhecidamente Farmacêutico. Ao final da década de 30, mais precisamente em 1939, na pequenina Olegário Maciel, casou-se com Maria Cândida Martins Ribeiro, professora, natural da cidade de Santa Rita do Sapucaí, e desta união nasceram os filhos: Cláudio Martins Ribeiro, comerciante em Piranguçu; Gesmer Martins Ribeiro, diretor de ensino e professor em São Paulo; Maria Beatriz Ribeiro Martins, professora e artesã; Cláudia Regina Martins Rodrigues, professora de Artes Plásticas; Maria Imaculada M. Ishybashy, poetisa e professora universitária em Mogi das Cruzes; Antônio Martins Ribeiro Filho, caçula falecido e sepultado aqui em Piranguçu; e Hamilton Martins Ribeiro, falecido aos dois meses de idade, sepultado na cidade de São José do Alegre. Na lápide de Hamilton encontra-se algumas palavras da autoria do pai:
HAMILTON.
“Aqui jaz nosso filhinho
Nossa glória fenecida
Se ele foi nossa esperança
Também foi nossa vida”.
Antônio e Maria, (* 29/08/1946 + 17/10/1946).

Antônio Martins possui treze netos e seis bisnetos. Também possui um sobrinho poeta – Argemiro Martins Corrêa – natural de Caxambu.
Um dos ilustres amigos que teve Antônio Martins é o historiador itajubense José Armelim Bernardo Guimarães. Fez ele, através de colaborações de jornais, livros e revistas de grande circulação regional, várias citações e homenagens ao amigo poeta e farmacêutico. Sobre o amigo Antônio Martins, Armelim escreveu: “Conheci Antônio Martins em 1936, quando ele trabalhava na Farmácia Jorge Braga, na Praça Theodomiro Santiago, ano em que ele fundou o jornal “O Resumo”, e foi esse jornal que me aproximou de Antônio Martins não só porque dera ele, em seu periódico, amável acolhida a umas minhas croniquetazinhas, sem nenhum mérito, que hoje eu não publicaria, mas, sobretudo pela imensa admiração que logo me despertou por sua genialidade como poeta nato, espontânea e original. E junto com a admiração nasceu a amizade.” Sobre o poeta Antônio Martins, Armelim escreveu: “Em suas composições não se encontra arrebiques pernósticos, nem idiossincrasias fechadas. Suas poesias, vazadas nos moldes clássicos da forma, da musicalidade e do primor rítmico encantam pela simplicidade, sobretudo pela simplicidade, pela doçura das adjetivações, pela clareza, pelo embalo cadencioso e, sobretudo, pelo lirismo espontâneo e cristalino de um Cassimiro de Abreu, de um Antônio Nobre, de um Gonçalves Dias. Poeta de notável inspiração, trovador admirável, muitas de suas trovas foram incluídas por Luiz Otávio em uma Antologia.” Sobre o Historiador Antônio Martins, Armelim escreveu: “Antônio Martins Ribeiro, era esse o seu nome completo, mas em seus versos e obras em prosa só assinava os dois primeiros nomes. Desde os nove anos de idade se dedicava ao serviço de farmácia. Estabelecendo-se com farmácia própria, residiu em Biguá, Delfim Moreira, Olegário Maciel (onde se casou), Bela Vista, São José do Alegre e finalmente, Piranguçu, falecendo em 17 de Agosto de 1962, e onde está sepultado”. Nesta ligeira crônica de saudosista, rendo-me ao preito de homenagem à memória desse admirável intelectual e meu amigo que foi, e que hoje descansa deste orbe no campo-santo da pacata e aprazível cidade de Piranguçu.”
Leva seu nome a Biblioteca Pública Municipal do município de Piranguçu, em Minas Gerais.
Faleceu em 1962 deixando viúva sua esposa Maria Cândida Martins Ribeiro, que veio falecer anos mais tarde nesta mesma cidade, aos 13 de Fevereiro de 1991.

2 comentários:

Unknown disse...

Revendo algumas fotos da cidade de Cambuquira, meu berço desde os dez dias de vida, me deparei com uma foto antiga e o nome de Antonio Martins. Sempre conheci sua história e apenas uma única foto dele havia visto até então. Sou sobrinha neta de Antonio Martins, filha de Argemiro Martins Corrêa, cujo nome foi citado em sua biografia. A emoção é imensa e a esperança maior ainda de, quem sabe, poder ainda encontrar parentes que não conheço. Que grande presente recebi no dia de hoje, 19 de agosto de 2011.

meimeicorreaster@gmail.com

http://meimeicorrea.blogspot.com

Unknown disse...

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