segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Prece

Senhor, eu creio em Vós e não duvido
Da amplitude de Vosso amor.
Porque sois a porta de todos os mundos,
E a luz de todas as estrelas.

Senhor, eu creio em Vós e na bondade
De vosso amor indefinível,
Porque sois a fonte de todas as fontes
E a água cristalina da pureza
Que mitiga a sede de quem tem fé
Senhor, eu tenho fé
Senhor, eu tenho sede
Dai-me apenas um pouco dessa água
Para que eu possa prosseguir minha jornada
Pelos caminhos do mundo.

Senhor, eu creio em Vós
Porque sois a luz de todas as luzes,
A vida de todas as vidas
E o caminho de todos os caminhos
Amparai-me, Senhor:
Na encruzilhada dos caminhos
Com a luz de vosso amor.

Senhor de todos os mundos,
Tende piedade de mim.
Beijando o pó das estrelas
Ou o simples pó deste chão,
Eu me curvo, Senhor,
Ante a Vossa Majestade.

Senhor, eu creio em vós
Porque sois o sol de todos os sóis.
A Vida, o Amor e a Verdade...
Senhor de todos os mundos,
Tende piedade de mim!

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De que se tem notócia, este foi o último poema de autoria de Antonio Martins. No jornal O Sul de Minas, de 13 de agosto de 1983, o historiador Armelim Guimarães, em matéria entitulada de “O canto de Cisne de Antônio Martins” comentou que “três dias antes de partir para o reino da verdadeira Poesia, e de deixar este mundo de agruras e de mazelas, compôs ele, com o pensamento inteiramente voltado para Deus, o seguinte poema-oração, em versos brancos e soltos, liberdade de que rarissimamente usou”.

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